
Ontem à noite, trabalhei montando aula e terminei por volta das duas horas. Quando fui fechar a janela, me deparei com duas vistas: o imenso guindaste de um dos novos condomínios do bairro e a constelação de Escorpião.
Dessa vez, quem sonhou não foi Minerva, e sim Mário.
Tenho uma ligação muito forte com a constelação de Escorpião. E, para quem pergunta, meu signo não é Escorpião. Aliás, uma curiosidade: a constelação do seu signo não é visível no dia do seu aniversário. Na realidade, é o Sol que “brinca” exatamente nesse ponto do céu. Considere esse momento como uma forma de iluminar sua vida.
Voltando à minha conexão com Escorpião, ela começou durante a graduação, mais precisamente quando trabalhei na Estação Ciência. A apresentação-base do nosso planetário passava por Escorpião e sua mitologia. Era incrível, pois tínhamos uma versão para adultos e outra para crianças, e ambas geravam fascínio. Na escuridão do planetário, os sons das pessoas criavam sorrisos na minha mente e no meu coração. Acho que, por isso, sou tão apaixonado por museus e exposições interativas.
Com o tempo, Escorpião e sua belíssima Antares passaram a habitar minhas aulas de Física. Ano após ano, cultuei a mensagem das estrelas e busquei compartilhar o fascínio e a beleza da Física com meus alunos.

Mais uma vez, a Astronomia – e, sim, Escorpião – esteve presente no meu trabalho como Analista. Lembro das críticas sobre o material de Física conter “Cosmologia demais”, e, sinceramente, hoje vou dormir com a certeza de que fiz a escolha correta. Sei que Escorpião ainda iluminará a vida de muitos jovens.